domingo, 23 de outubro de 2011

Devaneio Ou Busca Pelo Entendimento?

            De tempos em tempos sou tomado por estes pensamentos que me atormentam sobre a vida. Uns dizem que a vida é uma dádiva, pois que sem ela nada faria sentido. Porém, meus pensamentos me levam mais além; me levam a um nível onde questiono se os bons momentos (felicidade plena não existe) que vivemos compensam a angústia que nos atormenta diante da perda de alguém que amamos; e isso todos nós, algum dia passamos ou passaremos.

            Superar a dor de uma perda é algo que minha limitada compreensão não me permite entender. Vemos todos os dias situações em que pais perdem filhos, filhos perdem pais, amigos perdem amigos; e algo muito forte dentro deles faz com que consigam aceitar e assimilar toda esta dor e seguem em frente, pois o tempo é um carrasco que não nos dá tréguas.

            É uma dor difícil de superar e deixa cicatrizes para sempre. E, não bastasse ser difícil de superar, de tempos em tempos a lembrança retorna e nos faz sofrer tudo novamente - em grau menor - mas que mesmo assim nos desestrutura.

            Com tudo isso, muitas vezes penso se a vida vale a pena. Sei que sem ela nada existiria, mas existir é tão importante quando sabemos que iremos enfrentar tanta dor nesta caminhada? Só quem passou a dor de uma perda sabe do que estou falando. Você sabe do que estou falando. Se alguns conseguem superar esta dor e seguir em frente e ainda assim acham que a vida vale a pena, peço do fundo do coração que me ensinem a fórmula.

            Alguns dirão que temos que ter fé em Deus, mas a fé em Deus não torna a dor menos insuportável.

            Eu gostaria de poder dizer que, bendito aquele que não terá que passar por isso, mas sabemos que isso seria uma mentira. A vida não perdoa ninguém, a partida não é apenas para alguns. Quando nascemos já recebemos a passagem da volta - única coisa é que não sabemos a data e nem a hora, mas é certo que o trem chegará.

            Dizer: Não desperdice seu curto tempo aqui, é chover no molhado, pois todos já sabemos disso. O que temos que saber urgentemente é como tudo isso funciona para que, com alguma esperança, consigamos aceitar esta dor.

            Peço desculpas por esse louco devaneio, mas é bom fazer pensar. As questões nos levam ao entendimento; nos levam a um nível mais alto do que nos encontrávamos antes.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

E Lá Se Vai Mais Um Ministro

Se nós, meros mortais, formos pegos com a mão na massa seremos demitidos mais rápido do que um rato que rouba queijo. No entanto, quando se trata de serviço público, principalmente do alto escalão, os protagonistas são apenas remanejados de cargo e não tem que devolver nenhum centavo roubado.

Chegamos a um ponto em que já nem sabemos mais o que é certo ou errado. Fomos ensinados desde pequenos o que é roubar. Ensinamos nossos filhos desde pequenos o que é roubar. Porém, hoje este conceito está meio que perdido por entre os escândalos que não param de aparecer diariamente. Até quando, nós cidadãos, aguentaremos tal vergonha? Vergonha, sim. Basta ler os jornais internacionais para saber o que pensam de nós lá fora.

Está, e já tarde, na hora de dar um basta a esse bando instituído em brasília (minúsculo mesmo). Nem vou mencionar que é o PT que está lá há nove longos anos, pois hoje, qualquer um que estivesse lá faria o mesmo. Não temos mais político descentes.

Brasil, um país de tolos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Enquanto isso em Brasília

 

Em Brasília, uma lei mundial deverá ser alterada:

“Todos são culpados até que se prove o contrário”.

 

Infelizmente chegamos a este ponto. Partimos do presuposto

de que todo político tem alguma culpa; seja lá no que for.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um Judiciário Exemplar

É claro que o título é uma ironia.

O único exemplo que o judiciário, deste país de terceiro mundo, consegue dar é o exemplo da incompetência.

Então, eles criam uma lei de trânsito chamada de “Lei Seca” que até agora, em um país onde a cerveja ocupa um lugar de destaque no altar,não conseguiu prender ninguém.

Não conseguiu prender ninguém porque existe uma lei anterior, que eles mesmos criaram e que grita aos sete ventos que “ninguém é obrigado a produzir provas contra si”. Do lugar de onde eu venho, ou melhor, do tempo de onde eu venho dizíamos que “quem cala, consente” e outra “quem não deve não teme”. Porém, vivemos em um tempo em que os valores éticos estão completamente perdidos. Temos muitos exemplos: BBB, novelas onde só presta quem tem dinheiro, uma boa esposa é aquela que trai, um bom marido é aquele que come todas, uma pessoa que merece um prêmio é aquele que consegue passar o pé em todos, participante do BBB é chamado de herói. Acredito que perdemos o norte e nem com gps voltaremos a encontrar.

Outro dia ouvi um advogado dizer que o motorista que dirige bêbado não comete crime doloso, pois estando bêbado não poderá ser dito que ele tinha a intencão de matar, já que ele, estando bêbado, não pode responder por seus atos.

Já ouvi muita asneira da boca de muito engravatadinho, mas esta deveria concorrer ao Oscar. Eu gostaria de dizer a este jumento (desculpas ao animal jumento), que de acordo com a teoria dele eu posso encher a cara, pegar uma arma e sair matando, pois neste caso eu não posso responder pelos meus atos, eu estou bêbado. Onde você estudou? Ou comprou seu diploma????

Este país, que se orgulha em sediar as próximas Olimpíadas e a próxima Copa do Mundo não tem a menor competência para isso. A ONU ou sei lá quem mais, deveria intervir antes da desgraça. Tenho quase certeza de que seremos o país da vergonha nestes dois eventos. Não conseguimos nem prender bêbados. Não conseguimos nem criar leis coerentes. Não conseguimos nem prender políticos corruptos flagrados com o vídeo da corrupção. E ainda assim queremos sediar dois eventos que só países onde, o mínimo que se espera é que se tenha vergonha na cara.

É tanto desmando neste país, que há algum tempo eu vinha sentindo uma certa vergonha em ser brasileiro, mas agora definitivamente TENHO VERGONHA DE SER BRASILEIRO.

Falamos dos argentinos. Na verdade o que temos é dor de cotovelo por não termos a raça que eles tem. Lá, se o governo rouba eles vão para as ruas brigar. Aqui, somos comprados com BBB, carnaval e futebol.

Vamos para as ruas brigar quando nosso time perde, mas quando um político é pego com a mão no dinheiro ficamos quietos em casa tomando nossa cervejinha sagrada.

Somos (e me incluo aqui) um povo imbecil, sem vergonha na cara. Jamais chegaremos a país de primeiro mundo.

Pensar que este país já produziu um Ruy Barbosa. Aliás, para encerrar, vou deixar no final a mesma frase de Ruy Barbosa que está no’topo da página. Em 1914 ele já sabia que este país não tem jeito.

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

Dreamer (Ozzy Osbourne)

Observando atraves da janela o mundo lá fora,
Querendo saber se a mãe Terra sobreviverá.
Esperando que a humanidade pare de abusá-la, algum dia.
Depois de tudo isso seremos apenas nós dois.
E estaremos ainda aqui lutando por nossas vidas.
Vendo que toda a história se repete, dia após dia.
Eu sei que sou apenas um sonhador,
Sonhando pela vida a fora.
Sou apenas um sonhador,
Que sonha com dias melhores.
Vejo o sol se por como todos fazem e
Fico esperando que o amanhecer traga bons sinais.
Um lugar melhor para aqueles que vierem depois de nós.
Sua força pode estar em Deus ou Jesus Cristo.
Isto realmente não importa para mim;
Se não nos ajudarmos não haverá esperança para nós.
Estou vivendo um sonho de fantasias.
Se ao menos pudéssemos encontrar serenidade.
Seria tão bom se pudéssemos viver unidos.
Quando todo esse ódio, raiva e fanatismo tiver sumido.

Letra da música Dreamer de Ozzy Osbourne traduzida e interpretada.

domingo, 16 de outubro de 2011

Filosofia para a Velhice

Sabia que a única época da vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se tem menos de 10 anos, está tão entusiasmado em envelhecer que pensa em fracções.
“Quantos anos tem? Tenho quatro e meio!” Você nunca terá trinta e seis e meio. Tem quatro e meio, quase cinco! Esta é a chave!
Quando chega à adolescência, ninguém mais te segura. Salta para um número próximo, ou mesmo alguns à frente. Quantos anos tem?’ ‘Vou fazer 16!’ Pode ter 13, mas… “vou fazer 16”!
E, então, o maior dia da sua vida… Completa 21. Até as palavras soam como uma cerimônia. Mas, então, chega aos 30. Oh, que aconteceu? Não tem mais graça, agora é apenas um bolo azedo. O que está errado? O que mudou?
Aí está “a empurrar” 40. Putz! Antes que te dê conta, Chega aos 50 e os seus sonhos foram-se. Mas, espera! Fez 60 e nem sequer pensou que conseguiria!
Assim, ‘COMPLETA’ 21, ‘SE TORNA’ 30, ‘EMPURRA’ os 40, ‘CHEGA’ aos 50 e ‘ALCANÇA’ os 60.
Atinge tal velocidade que bate nos 70! Depois disso, é um dia após o outro… Consegue chegar aos 80 e cada dia é um ciclo completo: alcança o almoço; passa às 4:30h ; chega à hora de deitar.
E não acaba nos 90, começa então a voltar atrás: “Eu tinha exatamente 92 anos…” Aí, acontece uma coisa estranha. Se passar dos 100, se torna criança outra vez. “Eu tenho 100 e meio.”
Que todos cheguem a uns saudáveis 100 e meio!

Por George Carlin, aos 102 anos

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Não deixe a Areia correr entre os dedos

Curta a vida, pois a vida é curta e não te perdoará pelos dias que perdeu tentando explicá-la.

Ah! Mas eu tenho 15 anos, tenho muito ainda pela frente. Quando acordares, como que num piscar de olhos, terás 50 anos e noutro piscar já terás 70.

Não te deixes enganar pelo tempo. O tempo é um carrasco.

Por certo alguns momentos custam a passar – como quando estás na fila do banco – mas quantas vezes tu passas na fila do banco? Também é certo que nos outros momentos o tempo voa.

Não te iludas – quando acordares já terás filhos e netos.

Não esperes para depois, pois o depois poderá nunca vir.

Como já disse alguém: “O passado só tras tristezas e lembranças. O futuro só tras medo pelo desconhecido. O único momento em que podemos fazer a diferença é AGORA.

Ao deitares a cabeça no travesseiro pense nisso. E durma bem.

Antônio Aleixo foi quem disse

 

"Há tantos burros mandando

em homens de inteligência,

que às vezes fico pensando,

se a burrice não será uma ciência."

FARRA DA UTILIDADE PUBLICA

Os amigos que acessam este modesto site e acompanham a novela sobre o Aeroporto na Vila Oliva sabem da existência de Inquérito Civil Público no MPF. Vários elementos de análise devem ser observados na área jurídica. Entre tantos, já postados aqui mesmo, lancei um desafio aos chamados "empreendedores" a partir de uma nova petição na tentativa de impedir tal obra.
Estou desafiando publicamente todos os empresários e políticos de Caxias do Sul, embalados sob o visionário e emblemático título de "empreendedores" para que que se unam e comprem a área onde pretendem o novo aeroporto. Entendo que na diretoria da Câmara de Indústria e Comércio, na Câmara de Vereadores, na Prefeitura Municipal, na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados, existam alguns que têm condições suficientes para comprar 430 hectares na área rural, interior do Município, cerca de 50 kms distantes do centro da cidade. Muitos deles já copraram áreas muito maiores para empreendimentos imobiliarios ou para instalações de fábricas e até mesmo para "lazer" ou aumentar o patrimônio familiar.
Comprem então a área, se o aeroporto é tão fundamental para o desenvolvimento da região. Depois, revendam para o Município com o título de "indenização" pois serão desapropriados por um simples canetaço do Prefeito ao editar um Decreto declarando aquela área de utilidade pública. Se quiserem aproveitar a inteligência de profissionais, professores ou alunos dos cursos de Administração, Economia, Engenharia, etc formem um consórcio de empresas para todo o investimento. Após,vendam ações a todas as pessoas que entendem que o aeroporto é um produto de primeira necessidade e que atingirá o conceito de "interesse coletivo".
Por que não compram ou não formulem um projeto para a execução da obra a partir de um consórcio privado e que seja um exemplo de empreendendorismo sem depender de dinheiro público? Quem sabe, admito, o projeto pode ser financiado por bancos privados e públicos (BNDES). E tudo dentro da legalidade, da ética e da técnica. Num momento em que toda a nação discute os privilégios de parte do setor privado associado a parte podre do setor público seria uma ótima oportunidade de apresentar novos conceitos, modernos e adaptados à sustentabilidade e biodiversidade...
Por que não fazem isto? Simples. Porque os proprietários que ocupam área de modo produtivo e tem sua renda familiar com o trabalho na terra não querem vender. Lógico que os "empreendedores" querem forçar o Prefeito a assinar o decreto para terem um "manto protetor" que encobrirá as ilegalidades e falcatruas que certamente existirá por baixo dos panos. E uma delas é o descumprimento de todo o ordenamento jurídico nacional que será rasgado com o apoio de muita gente inocente e ingênua que vota em políticos que não tem nenhuma preocupação com o patrimônio ambiental e cultural de nossa gente. Um decreto que esconderá, inclusive, muitos traços de racismo e xenofobia pois o grande acervo de sítios arqueológicos daquela área é de uma cultura que diz respeito aos negros, indígenas e seus descendentes mestiços e "pelos-duros" que verão vestígios de sua cultura totalmente destruído por que nem mesmo o Secretário de Cultura não soube e ou não quer preservar... Anexo texto do último requerimento feito ao MPF.

Retirado do site de Luiz Antônio Alves

Pacato, Acomodado ou Burro?

Dizem que o povo brasileiro (e nele me incluo) é pacato, pois não participa de debates e passeatas, mas a verdade é que não somos pacatos. Quando nosso time não ganha fazemos aquele quebra-quebra, depredamos bens públicos e privados, fazemos pressão diante do estádio, xingamos jogadores e técnico. Então, em se tratando de futebol, somos um povo evoluído, lutamos pelo que achamos certo.
No entanto, quando o assunto é política, retorno de impostos em forma de investimentos e corrupção, somos nulos. Passeatas realizadas contra a corrupção tem pouca adesão. Somos acomodados, somos verdadeiros pacatos camponeses, somos verdadeiras ovelhas indo calmamente para o matadouro.
Basta a maldita Globo anunciar um paredão do maldito BBB e fazemos (nessa me excluo) aquele mutirão.
Então, o povo brasileiro não é pacato e nem acomodado. Somos mesmo é BURROS.
Entquanto não tivermos a capacidade e coragem de fazer o que faziam os revolucionários nos anos de chumbo continuaremos sendo saqueados por todos os governos que vierem.
Isto já foi observado por um jornalista espanhol, que ficou espantado com o estado letárgico em que nos encontramos. Somos bombardeados diariamente há anos com notícias de corrupção de todo o tipo. E não fazemos nada. Até quando?
Lembre: se você roubar um pote de margarina será preso. Eles roubam milhões e são apenas exonerados de seus cargos.
Os mais necessitados nada fazem, pois estão bem acomodados; recebem todo o tipo de bolsas e vales possíveis. Então, para que se incomodar?
Os mais ricos tem tanto dinheiro que não se importam em ser roubados; ainda vai sobrar muito.
O problema está com a classe média. Ela é que sustenta toda essa bandidagem.
Se continuármos sem reação, em breve não haverá mais de onde roubarem e acabarão com as bolsas e vales e passarão a tirar dos ricos. Então, acordaremos de nosso estado letárgico, mas talvez então será tarde.
Não, não somos pacatos. Burros é que somos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Os Dois Steves da Apple

Hoje, após sua morte, Steve Jobs tornou-se mais conhecido do que em vida. Muitos nunca haviam ouvido falar dele, nem sabiam que o iPhone que usam ou o computador pessoal que facilita suas vidas veio de suas idéias que estavam muito adiante de seu tempo.
É sempre assim. As pessoas são lembradas quando não há mais oportunidade de dizermos o que sentimos pessoalmente.
Existe um outro Steve que também fez parte da história da Apple. Steve Wozniak. Talvez até podemos dizer que o cérebro da Apple. Ele é quem tinha o conhecimento tecnológico. Ele é quem conhecia eletrônica e matemática; dois ingredientes fundamentais na área da computação.
Só não ficou tão famoso quanto o outro Steve porque ele não tinha ambição por dinheiro. Tanto que, largou a Apple para dar aulas de eletrônica para aluno do primário e fazer obras caritativas.
Então, segue abaixo uma homenagem encomendada pela própria esposa de Wosniak, Janet.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs Discurso em Stanford

Você tem que encontrar o que você ama
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
"Continue com fome, continue bobo."
Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

Steve Jobs e seus pensamentos 1

Há algum tempo posto algumas idéias e vídeos sobre Steve Jobs (o mago da computação pessoal). Então, não me tachem de oportunista por estar postando mais algumas idéias dele numa época em que ele abandonou o plano físico (hardware) e foi habitar o plano espiritual (software).

Se hoje fosse o último dia de minha vida, queria fazer o que vou fazer hoje? E se a resposta fosse Não muitos dias seguidos, sabia que precisava mudar algo.

Você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida.

Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.

Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.

Ser o mais rico do cemitério não é o que mais importa para mim… Ir para a cama à noite e pensar que foi feito alguma coisa grande. Isso é o que mais importa para mim.

"Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção".

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.

Foi péssimo o gosto do remédio, mas o paciente precisava disso. Algumas vezes a vida pode te atingir na cabeça com um tijolo. Não perca a fé. Me convenci que a única coisa que me fez seguir em frente é que eu amava o que fazia. Você tem que achar o que ama. E isso é tão verdade para o trabalho, quanto é para as pessoas que ama. Seu trabalho vai preencher boa parte da sua vida. E é a única maneira de ser verdadeiramente satisfeito. É fazer o que acredita ser um ótimo trabalho, e a única maneira de fazer um ótimo trabalho, é amar o que você faz. Se você não achou isso ainda, continue procurando, e não desista. Como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. (...) Não desista."

Na maioria dos casos, forças e fraquezas são dois lados da mesma moeda. Uma força em uma situação é uma fraqueza em outra, mas frequentemente as pessoas não conseguem trocar as marchas. É uma coisa muito sutil falar sobre forças e fraquezas porque elas sempre são a mesma coisa.

Tenha coragem de seguir o que seu coraçÂo e sua intuiçâo dizem. Eles já sabem o que você realmente deseja. Todo resto é secundário.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Habilite a poligamia no Windows Live Messenger via Registro

 

Muitos de nós temos duas ou mais Windows Live IDs, por motivos diversos. Isso significa que, em determinadas situações, é necessário permanecer online no Windows Live Messenger em duas contas distintas, algo que a Microsoft (ainda) não permite, nem mesmo no último beta do programa.

Para burlar essa limitação, até hoje utilizávamos add-ons e/ou patches, como o Messenger Plus! Live e o A-Patch, respectivamente. (A propósito, já saiu uma versão do A-Patch compatível com o último betado Messenger.)

Só que isso, agora, é passado. Um dos colaboradores do LiveSide descobriu como habilitar a poligamia no Windows Live Messenger "na unha", sem precisar de programas extras. O procedimento, embora mexa com o Registro, é bem simples. Vamos a ele?

  • Feche o Windows Live Messenger completamente (clique no ícone do Messenger próximo ao relógio, e no menu de contexto, clique em Fechar).
  • Acesse o Registro (no Executar..., digite regedit.exe, e dê Enter);
  • Navegue até a pasta HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\Windows Live;
  • Clique com o botão direito na pasta Messenger, aponte para Novo, e clique em Valor DWORD (32 bits) - se seu Windows for 64 bits, obviamente escolha Valor DWORD (64);

    Criando um valor DWORD.

  • Dê o nome MultipleInstances ao valor DWORD recém-criado, e em seguida, um clique duplo no mesmo;
  • Aparecerá uma janela de edição. No campo Dados do valor, troque o 0 (zero) por 1.

Agora é possível abrir quantas instâncias do Messenger você quiser

domingo, 2 de outubro de 2011

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Compre Bem e Barato