quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Músico gaúcho é processado por rap que critica aumento de deputados

Um músico gaúcho está sendo processado por ter criticado o reajuste de salário dos deputados estaduais do Rio Grande do Sul.
Tonho Crocco, que já foi da banda Ultramen e hoje segue carreira solo, está sendo acionado por causa de seu rap “Gangue da Matriz”. A “gangue” no caso são 36 parlamentares que concederam aumento de 73% a si mesmos em dezembro do ano passado (apenas 11 do PT e um do PTB votaram contra)
A música motivou o deputado Giovanni Cherini (PDT) a enviar uma representação ao Ministério Público por “crime contra a honra”. De acordo com matéria do site Sul 21, o deputado expressou “insurgência contra a manifestação espúria de Antonio Crocco, que enseja o presente pedido de providências ao Ministério Público Estadual”.
O deputado nega o processo: “Não estou processando ele, deve ter havido algum erro. Vou procurar me informar”, disse ao Sul 21. Cherini é ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Mais tarde, no Twitter, postou: “Não ingressei com ação contra Tonho Crocco. Como presidente, ofereci representação ao MP para que, havendo ilicitude, tomasse providências”.
Crocco garante que isso não é verdade. “Eu confirmei que não é uma ação da Assembleia, é uma ação pessoal, movida pelo deputado me acusando de crime contra a honra”, declarou o músico ao Sul 21.

O músico se preocupa, com razão, com o perigoso precedente que pode ser criado caso a ação seja bem-sucedida. Em seu blog, Crocco questiona: “Não seria esta ação uma forma de censura à liberdade de expressão? Não estaria o excelentíssimo Deputado ou a quem ele representou agindo de forma truculenta? Estaríamos retrocedendo aos tempos da ditadura? Será mesmo que estamos numa democracia?”

36 contra 1, aí é covardia
O crime aconteceu em plena luz do dia
Votado e aprovado pelos próprios deputados
Subiram seu salário; me senti 1 otário
Capitalistas, comunistas
Todas as vertentes presentes na lista
Raul carrion que decep''som''
Até os que eu achava que eram sangue bom
20 mil por mês pro gilmar sossela
Traz que eu asso
2 mil kilos de costela
Aloísio classmann, gerson burmann
A casa dominada só tem bam bam bam

Gangue da matriz
Gangue da matriz
Ali no alto da bronze

Gangue da matriz
Gangue da matriz
São 36 contra 11

Yeah

Custe o que custar
Esse é o ajuste
Odone e záchia
No grenal do reajuste
Pedro westphalen
E pedro pereira
Kalil sehbe
Nunca pisaram na pedreira
Francisco pinho
Francisco appio
Abílio dos santos
Aqui são todos santos
Luciano azevedo
Adroaldo loureiro
Befran rosado
Até fiquei corado
Alô joão fisher e adolfo brito
Aviso, eles querem ganhar no grito
Heitor schuch
Edson brum
João scopel
Paulo brum
Miki breier e
Alberto oliveira
Alexandre postal e alceu moreira
Silvana covatti
Ciro simoni
Zilá breitenbach
Carlos gomes não dá

Yeah

Marcio biolchi
Gilberto capoani
Só falta o tiririca vir trampar aqui
Nelson harter e também marco alba
Confortavelmente embaixo dessa aba
73 por cento
Feriu meu sentimento
Lá vem o paulo broges trazendo o mal tempo
Bota-tira-bota
Bota-tira-troca
Se a gente não trocar o adilson troca
Bate o ponto, tem diária e não trabalha
Pra eles benefícios
Pro povo migalhas
Frederico antunes já foi chefe da casa
Aposto que o salário deles nunca atrasa
É hora de falar
É hora de mudar
Não sei quanto a você mas eu vou lutar
E se a memória é curta mude sua conduta
Posso perder um round mas não fujo da luta

Gangue da matriz
Gangue da matriz
Ali no alto da bronze

Gangue da matriz
Gangue da matriz
São 36 contra 11

Vamos fazer coro junto a Tonho Crocco. Este paizinho tem que mudar ou vamos todos descer pelo ralo. Na próxima eleição, quando nos derem opção de escolher entre laranjas podres e maças bichadas, vamos escolher ficar de barriga vazia.

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