quarta-feira, 18 de julho de 2012

Matemática, descobrimento ou invenção?

É admirável, para não dizer assombroso, como a Matemática é capaz de descrever com muita precisão os fenômenos físicos, tanto em nível microscópico quanto macroscópico. Os cientistas aprenderam a ter uma fé quase inabalável naquilo que a Matemática prevê. Einstein (1879-1955) nos dá um exemplo dessa confiança. Como sabemos, esse gênio desenvolveu suas teorias – que tardaram anos para serem compreendidas até pelos cientistas – apenas com lápis e papel. E estava isolado do mundo científico, trabalhando num obscuro escritório burocrático de patentes, entregue somente à sua imaginação e intuição, e aos símbolos matemáticos.

Einstein se admirava, publicamente, do fato de a Matemática ser capaz de descrever tão detalhadamente o universo. Segundo ele, o que é mais incompreensível na natureza é o fato de ela poder ser compreendida através da Matemática. Sua teoria da gravitação – também conhecida como Teoria Geral da Relatividade – foi desenvolvida com base em cálculos teóricos usando-se tensores, objetos matemáticos que ofereceram a Einstein os recursos necessários para elaborar sua teoria. A confiança de Einstein na Matemática era tanta, que quando uma previsão puramente teórica da sua famosa teoria foi confirmada por uma medição experimental e alguém lhe perguntou o que teria acontecido se o resultado fosse adverso, ele respondeu: "Teria sido ruim para o nosso bom Deus, pois a minha teoria está correta".

Afinal de contas, o que é essa coisa maravilhosa chamada Matemática? É um descobrimento ou uma invenção do intelecto? Se ela é um descobrimento, significa que sempre existiu e esperava ser descoberta. Se não, quem a inventou? Vamos elaborar um pouco mais esse assunto.

Cabral descobriu o Brasil. Nossa terra já estava aqui quando ele chegou. Não foi uma invenção do famoso lusitano, foi um descobrimento. Por outro lado, Santos Dumont inventou o avião. Esse aparelho não existia antes, foi uma criação da mente. Na História, abundam os exemplos de descobrimentos e invenções. Planetas, satélites, espécimes dos três reinos da natureza são exemplos de descobrimentos. As invenções também se multiplicam: geladeira, telefone, computador, etc.

Descobre-se, portanto, o que já existe independentemente de nós mesmos. Já as invenções são criações de nossa mente.

Talvez o leitor (se houver algum que chegou até este ponto) queira interromper sua leitura neste ponto e tentar responder à seguinte pergunta: Se houvesse duas caixas, uma para as invenções e outra para os descobrimentos, em qual delas você acomodaria a Matemática?


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