Nós pega o peixe, ensina o livro didático de língua portuguesa Por uma vida melhor, de Heloísa Ramos.
Mas desse jeito a vida não vai melhorar tão cedo. O governo popular precisa ser mais ousado. Por que não nós pega o dinheiro?
Ou nós faz caixa dois, ou ainda nós é companheiro, por isso nós ganha umas boquinha nos governo.
Aí o português estaria errado. Como se sabe, a partir da norma culta do nosso Delúbio, não existe caixa dois, e sim dinheiro não contabilizado.
Da mesma forma, os intelectuais do MEC explicam que nós pega o peixe não é erro de português, mas variação linguística.
Se o dinheiro pode não ser contabilizado, por que o plural tem que ser?
O Brasil finalmente caminha para a felicidade plena, com essa formidável evolução cultural progressista. As variações lingüísticas e as variações éticas vão formando esse novo país igualitário, que nutre orgulhosa simpatia pela ignorância.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, faltou à audiência pública no Senado sobre os livros didáticos. Está coberto de razão.
Se ele se recusa a recolher um texto que ensina os estudantes brasileiros a falarem os livro, tem mais é que se recusar a cumprir os compromisso.
Depois de explicar que é claro que você pode falar os livro, a obra Por uma vida melhor faz um alerta oportuno: Mas fique atento, porque você pode ser vítima de preconceito lingüístico.
Chega de preconceito contra os erros de português. Chega de elitismo. Delúbio tinha razão quando, apanhado operando o mensalão, disse que aquilo era preconceito da direita contra o governo dos pobres.
Da mesma forma, as eventuais críticas à inoperância de Dilma são rechaçadas como preconceito contra a mulher. E é claro que a oficialização da norma nós pega o peixe é o triunfo final de Lula, com seu diploma de vítima.
Viva as novas elite brasileira. E salve-se quem puder.
( Desculpa os erro...)
Por Guilherme Fiuza
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