Rio - O ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que recebeu o benefício de progressão para o regime semiaberto na noite de quinta-feira, pode ser um dos primeiros a usar pulseira de monitoramento eletrônico. Segundo a juíza Roberta Carvalho Barrouin de Souza, da Vara de Execuções Penais (VEP), Cacciola, que está preso em Bangu 8 desde 2008, passou a ter direito a pleitear visitas periódicas ao lar e a trabalho extramuros.
De acordo com a juíza, para que o ex-banqueiro possa voltar a trabalhar, estudar ou visitar a família, será necessário que seus advogados peçam na Justiça a concessão de tais benefícios. “O regime semiaberto sem benefícios é análogo ao regime fechado, e tais benefícios não são concedidos automaticamente a quem ingressa no regime de semiliberdade”, explicou a magistrada.
Procurado por O DIA, o advogado do ex-banqueiro, Manuel de Jesus Soares, não foi localizado para falar sobre a decisão. O promotor Fabiano Rangel, que em dezembro entrou com recurso para impedir que Cacciola fosse beneficiado com o semiaberto, também não foi encontrado para comentar o caso.
Cacciola foi condenado em 2005 por crimes contra o sistema financeiro — prejuízo beirou R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. O ex-banqueiro, que cumpre pena de 13 anos e tem cidadania italiana, havia sido preso preventivamente em 2000. Graças a um habeas corpus, ele fugiu para a Itália. Oito anos depois, no Principado de Mônaco, foi novamente preso e acabou extraditado para o Brasil. Em agosto de 2008, agentes descobriram quentinhas com lagosta e salmão na cela dele. Em sindicância para apurar se o preso tinha regalias, ele disse ser alérgico a frutos do mar.
Retirado de www.terra.com.br
Já vi gente ficar atras das grades por muito mais tempo apenas por roubar um tablete de margarina.
Mas o Brasil é assim mesmo. Dois pesos e duas medidas. Magistrados que julgam de acordo com o CPF.
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