quarta-feira, 21 de julho de 2010

Perdão pelo palavrão; mas em que merda de país estamos vivendo?

Só pelos últimos acontecimentos que marcaram presença na mídia fiquei completamente atordoado:

                Advogado, ex-policial, mata ex-namorada.

                Ex-policial, mata e esquarteja ex-namorada de goleiro.

                “Boyzinhos” da classe média-alta atropelam e matam filho de atriz e os policiais liberam os dois no ato (para não enquadrar como flagrante, é claro). Posteriormente foi informado que os policiais pediram R$ 10.000,00 para liberar o carro. E também, posteriormente, foi informado que a justiça negou a prisão preventiva dos policiais. É claro, um país onde tudo é podre, pedir propina não tem nada de mais.

Seria correto acreditar que este país parece caminhar a passos largos para um desgoverno total?

Nossa educação está no ralo. Nossa segurança está na fossa. Nossa saúde está no necrotério. Nossos políticos, se juntármos todos num lugar só, fedem mais que chiqueiro e galinheiro(pobres dos porcos e galinhas, eles não merecem). Nosso judiciário consegue libertar até bandido que foi pego com a arma na mão, ainda fumegando, e pisando na cabeça da vítima.

São atrocidades intermináveis que acontecem nesse país todos os dias e em todos os níveis e, no entanto, parecemos estar hipnotizados, anestesiados. Não sentimos mais nada.

Somos roubados, assaltados, humilhados e enganados todos os dias por esse bando de “autoridades” que ali estão para defender o público e proteger os cidadãos, mas o que vemos é só um desmando total.

Um país onde o ladrão de galinha vai para a cadeia, mas político que rouba vai para as Bahamas.

Um país onde o indivíduo não mais é cidadão, mas sim um mero contribuinte.

Um país onde um “nobre” juíz acredita na versão de um bando de vagabundos da classe média-alta que dizem que puseram fogo no índio, mas não tinham intenção de matar.

Um país onde um presidente se vangloria de nunca ter estudado (e trabalhado também muito pouco).

Um país onde existem dois eventos marcantes no ano e sem eles não existiria vida ao sul do Equador: Big Brother e Carnaval.

Um país onde a maior rede televisiva insiste em apresentar em horário nobre de segunda a sábado novelas onde a grande sacada é: roubar, trair, enganar e humilhar.

Um país onde matar o fiscal do IBAMA ainda dá direito a fiança, mas ter um papagaio na gaiola determina prisão sem fiança.

Um país onde existe lei que proíbe dirigir sob efeito de álcool, mas também existe outra lei que diz que o motorista não é obrigado a fazer o teste do bafômetro.

Um país onde um grande escritor: Mário Quintana, não conseguiu entrar para a ABL, mas um ladrão (político, que novidade) José Sarney conseguiu.  -- Ao Quintana, onde estiver. Se o Sarney entrou lá então “lá” não te merecia mesmo.

Esse não é o país que Ruy Barbosa sonhava e ele já sentia isso em 1916, quando proferiu estas palavras: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

Eu não sei para onde vamos, mas se continuármos assim, anestesiados e seguindo para o matadouro feito gado, sei qual será o fim.

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