segunda-feira, 26 de março de 2012

Uma Praga chamada "Licitação"

                Licitação (Latim): Numa explicação histórica (diacró[ô]nica), a palavra remonta ao latim ‘licitatĭo, ōnis’, vocábulo que derivava do verbo latino impessoal ‘licet,ēbat,ŭit’ ou ‘ĭtum est,ēre’ «ser permitido, ser lícito, ser fácil, ser possível». O adjec(c)tivo lícito tem também a mesma origem. 

                Licitação (Português): Numa breve explicação, adaptada principalmente em Brasília, significa: obter vantagem, angariar fundos, passar o pé, encher o bolso mediante pagamento de comissão (propina), vender um serviço ou produto sem entregar.



               A Licitação é uma ferramenta de extrema importância para a contratação de serviços e compra de mercadorias realizadas por órgãos públicos Porém, no Brasil, não é bem assim que as coisas funcionam. Aqui, quando é aberta uma licitação, as empresas participantes tem sua própria reunião antecipadamente para combinar os valores; é um jogo de cartas marcadas.

                A formação de cartel é uma situação difícil de evitar. Porém, se o contratante tiver o mínimo de competência poderia ver que estaria pagando muito caro por aquele serviço ou mercadoria e cancelaria a licitação. A burocracia dos órgãos públicos impede que o cancelamento de uma licitação seja tão simples assim.

                Ao meu ver as licitações poderiam ser coisa do passado; hoje podemos fazer coleta de preços em tempo real através de uma boa pesquisa na internet. Se fossem feitas dez consultas, pela internet ou por telefone, não haveria a formação de cartéis, pois o contratante é quem estaria no comando da coleta de preços, sem a intervenção dos interesses de terceiros. Porém, isto vai depender da honestidade do contratante; coisa difícil de encontrarmos em servidores públicos.

                Coisas básicas são esquecidas quando se trata de dinheiro público. Gosto sempre de analisar o estado como se fosse uma família. Quando uma família vai adquirir um serviço ou uma mercadoria todos os componentes desta família pesquisam nas lojas e empresas prestadoras de serviços quanto vai custar esta aquisição. Bem simples, e dificilmente entram pelo cano, pois sabem o quão difícil é ganhar seu dinheiro.

                    Uma família jamais pagaria R$ 2.500,00 pelo aluguel mensal de um carro. Bastaria fazer uma conta simples para saber que com este valor em doze meses poderia comprar seu próprio carro. Jamais pagaria R$ 10,00 por uma caneta, pois facilmente descobriria, em uma pesquisa na internet, que no mercado esta caneta custa apenas R$ 2,00.

                Quando vemos os valores absurdos que o estado (nós) pagamos por alguns serviços ou mercadorias adquiridos chegamos a duas conclusões: ou o contratante é burro ou o contratante levou sua parte  neste negócio. Infelizmente, a segunda opção é a verdadeira, pois de burros eles não tem nada. Os burros, aqui, somos nós que pagamos a conta e não fazemos nada.

                          É por isso que digo que licitação é uma praga. À primeira vista parece ser algo lógico reunir várias empresas para fazer uma coleta de preços, mas para um país de políticos corruptos não faltam empresas dirigidas por pessoas tão ou mais corruptas também. É aqui que o bicho pega: é a união da fome com a vontade de comer. E nós somos o rebanho, nós somos o banquete.

                        As licitações deveriam ser banidas dos órgão públicos. Basta fazer uma pesquisa simples direto no balcão da loja ou pela internet para descobrir o valor das coisas e saber onde comprar. É assim que eu faço, é assim que você faz; só o estado não sabe disso, ou sabe, mas não é do seu interesse.

                    Infelizmente esta situação não nos mostra uma luz no final do túnel. As coisas só mudam quando há interesse em mudar. É como um dependente químico: não adianta a família querer que ele vá para a reabilitação se ele próprio não quer.

                         Isto só terá fim no momento em que o interessado (nós) tomarmos as rédeas e mostrarmos para este bando que aqui a época dos trouxas terminou. Ou então continuemos nesta situação feito gado seguindo para o matadouro (ao menos o gado não sabe o que o espera no final da baia), nós sabemos.


sábado, 24 de março de 2012

Hermes Trismegistos e a Tábua de Esmeraldas


Hermes Trismegisto (em latimHermes Trismegistus; em grego Ἑρμῆς ὁ Τρισμέγιστος, "Hermes, o três vezes grande") é o nome dado pelos neoplatônicos, místicos e alquimistas ao deus egípcio Thoth (ou Tehuti), identificado com o deus grego Hermes. Ambos eram os deuses da escrita e da magia nas respectivas culturas.
Thoth simbolizava a lógica organizada do universo. Era relacionado aos ciclos lunares, cujas fases expressam a harmonia do universo. Referido nos escritos egípcios como "três vezes grande", era o deus do verbo e da sabedoria, sendo naturalmente identificado com Hermes. Na atmosfera sincrética do Império Romano, deu-se ao deus grego Hermes o epíteto do deus egípcio Thoth.
Como "escriba e mensageiro dos deuses", no Egito Helenístico, Hermes era tido como o autor de um conjunto de textos sagrados, ditos "herméticos", contendo ensinamentos sobre artes, ciências e religião e filosofia - o Corpus Hermeticum - cujo propósito seria a deificação da humanidade através do conhecimento de Deus. É pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam o saber acumulado pelos egípcios ao longo do tempo, atribuído ao grande deus da sabedoria.
Corpus Hermeticum, datado provavelmente do século I ao século III, representou a fonte de inspiração do pensamento hermético eneoplatônico renascentista. Na época acreditava-se que o texto remontasse à antiguidade egípcia, anterior a Moisés e que nele estivesse contido também o prenúncio do cristianismo.
Segundo Clemente de Alexandria, eram 42 livros subdivididos em seis conjuntos. O primeiro tratava da educação dos sacerdotes; o segundo, dos rituais do templo; o terceiro, de geologiageografiabotânica e agricultura; o quarto, de astronomia e astrologia,matemática e arquitetura; o quinto continha os hinos em louvor aos deuses e um guia de ação política para os reis; o sexto era um texto médico.
Costuma-se creditar também a Hermes Trismegisto o Livro dos Mortos ou o Livro da Saída da Luz, além do mais famoso texto alquímico, a "Tábua de Esmeralda".

A tradução da Tabula Smaragdina segue-se:
(1) É verdade, certo e muito verdadeiro:
(2) O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa.
(3) E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação.
(4) O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua alma;
(5) O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.
(6) Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.
(7) Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.
(8) Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores.
(9) Desse modo obterás a glória do mundo.
(10) E se afastarão de ti todas as trevas.
(11) Nisso consiste o poder poderoso de todo poder:
Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido.
(12) Assim o mundo foi criado.
(13) Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas.
(14) Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes da filosofia universal.
(15) O que eu disse da Obra Solar é completo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Aproveitem o Brasil Agora, Depois da Copa Poderá Ser Tarde.

                        Para realizar a Copa do Mundo tudo será permitido. Um saco de pregos que custa no comércio algo em torno de R$ 10,00 sairá para o governo (na verdade nós) R$ 100,00. Estamos aqui falando de coisas pequenas, mas o furo é muito maior. Nos corredores do congresso vai rolar muita negociação e propina como nunca se viu desde o mensalão. Muito político e muito empresário vai encher os bolsos para sustentar três gerações.

                                Quando acordarmos no dia seguinte ao final da copa, acordaremos endividados e com muitos estádios abandonados. Para nós restará a conta a ser paga. Lembra daquela dívida externa que havia acabado? Pois é......

                                   Seremos o primeiro país a sediar a copa que passará vergonha pela falta de estrutura e organização. Seremos a vergonha do mundo.

                                    E para completar a desgraça, perderemos a copa. Me cobrem no futuro.

domingo, 11 de março de 2012

Divagações

O que somos, senão o resultado de milhares de anos de um bombardeio quase que infinito em nosso DNA? Nosso DNA guarda histórias impossíveis de serem contadas.

Nosso DNA já viveu em um mundo onde os dinossauros imperavam. Onde o homem (nós) tínhamos que caçar nosso pão de cada dia.

Este mesmo DNA nos trouxe até aqui. Foi uma evolução e tanto.

Porém, muito ainda há de acontecer para, finalmente, encontrarmos o nosso destino final.

Comentário: Coisa de loucos a procura da verdade.

Uma Homenagem Linda Ao Nosso Maior Bem

De Guilherme Arantes

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água, Terra, planeta água, Terra, planeta água
Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população

Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água, Terra, planeta água, Terra, planeta água

Comentário: Só daremos valor quando não a possuírmos mais.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Retrato de Uma Sociedade Hipócrita

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo – Mudei de idéia
– Quando vi nesta cidade
– Tanto horror e iniqüidade
– Resolvi tudo explodir
– Mas posso evitar o drama
– Se aquela formosa dama
– Esta noite me servir
Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
– e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni
Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Letra de ChicoBuarque de Hollanda

segunda-feira, 5 de março de 2012

Isso quem disse foi um aluno de Química

Colocar um dos políticos brasileiros em um tanque de ácido para que dissolva é uma DISSOLUÇÃO. Colocar todos os políticos é uma SOLUÇÃO.
Se liofilizar, teremos o mais puro extrato de pó de merda do mundo!

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